Saiba a diferença de um ativista e um usuário em relação ao meio ambiente.
Segundo Luís Makoto, existe dois tipos de praticantes de esporte de aventura.Um assunto importante para nós mochileiros e amantes da natureza, entender a necessidade do cuidado com o meio ambiente. Abaixo transcrevo um texto da revista Guia Ecoadventure.
Você é usuário ou ativista? Essa pergunta pode não parecer muito objetiva quando o assunto em pauta é o meio ambiente. Vamos explicar melhor. Se você é praticante de esporte de aventura e encara os locais de prática da sua atividade apenas como um campo de jogo, usufruindo as condições para o benefício e prazer próprio, você é um usuário. Essa categoria de praticante de atividade de aventura divide-se em dois grupos: os neutros e os predatórios. Os neutros são os usuários que "pegam leve" na coisa, causando pouco impacto para o meio. Os predatórios são aqueles que além de usufruir causam danos como erosão, abandono de lixo, danos à vegetação e outros tipos de distúrbios.
O fato é que qualquer atividade causa danos em algum grau. Mesmo uma simples caminha contribui para desagregar o substrato da trilha potencializando a erosão. Então você pode dizer que, sob esta ótica, somos todos usuários predadores do meio ambiente.
No entanto, quando se fala em ativismo, o que importa é o resultado comportamental que você adquiriu em função da prática da sua atividade. Em outras palavras, se a prática de aventura criou oportunidade para você conhecer locais agradáveis e ocasionalmente com a natureza em melhor estado de preservação, os seus parâmetros devem ter mudado. Mesmo que inicialmente você fosse uma dessas pessoas que queria praticar a sua atividade apenas pela aventura, hoje você quer conciliar a aventura com ambientes agradáveis que se enquadrem no seu padrão.
Se isso corresponder à verdade é fato que hoje você se relaciona de forma mais estreita com o ambientalismo. E aí vem a pergunta: Você faz alguma coisa para melhorar essa bagaça?
Notem que não basta você simpatizar com a causa. Até aí nada mudou, e você continua na categoria dos usuários neutros. Para ser ativista tem que dar um passinho mais. Se a aventura despertou o seu interesse em preservar os locais da prática da sua atividade num estado, digamos, agradável já é o começo. E se você conseguiu estender o raciocínio para ambientes em geral respeitando tudo que é natural e a fauna que lá habita, a natureza agradece. E se você endendeu que não existe limite físico que define o tão comentado "meio ambiente" então foi dado um grande passo.
O meio ambiente é tudo, não se resume nos redutos onde a natureza ainda se encontra preservada. Tudo que fazemos afeta o meio ambiente de alguma forma.
Se o esporte de aventura ajudou você a incorporar novos hábitos para gerar menos poluição, lixo e esgoto, para ser mais criterioso na hora de escolha de produtos que vai adquirir (considerando o fator impactante tanto na sua fabricação quanto na hora em que se torna lixo), gastar menos água e energia, respeitar mais as diversas formas de vida e tudo mais, então você se tornou um ativista.
Tudo bem, sei que tem gente que não gosta deste termo. Então vamos deixar uma coisa clara. Existe uma diferença entre pregação e ativismo. Alguns pregadores tendem a ser os ecochatos, principalmente os que deixam se levar pela corrente da moda ambientalista. Os ativistas simplesmente agem pela convicção, sem a necessidade de discursos para convencer outras pessoas. Tá bom, ativista pode também ser pregador, mas nesse caso ele está respaldado não apenas pelos fundamentos, mas também pelas atitudes e procedimentos do cotidiano.
Fonte: Revista Ecoadventure. Luís Makoto é guia instrutor profissional de montanha. Patrocinado pela Nike.
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Link Curto: http://goo.gl/qajp3
 | É Massoterapeuta. Desenvolve projeto em ambiente corporativo, buscando qualidade de vida e bem-estar. Divulga espaços em áreas livres, para ações em ecoturismo e esporte de aventura. Adora tudo o que estar relacionado com ecoturismo. M.'.M.'. |
